quinta-feira, 27 de março de 2008

Cai do céu pro chão.

Chove tudo o que tem pra chover, céu de lágrimas turvas.
Deixe que saia de ti todo o material particulado que te enegrece.
Não permitas que tirem sua autoridade, nem sua beleza.
É espetaculoso. Inebriante.
Desejaria poder ir de encontro as gotas, que amanhã serão orvalho.
Desejaria mergulhar em cada uma delas e entender a magnitude de cada uma.
Com sua singularidade e com suas sujeiras. Com seus mistérios.


Chove chuva
Chuva chove
Cai do céu pro chão
Corre e vem lavar o meu rosto
Eu sei de tudo que acontece entre a gente
Nem imagino tentar te esquecer
Claudia Leite e Jammil

quarta-feira, 26 de março de 2008

Aquele dos dias estranhos.

Acordar atrasada é normal. Assustada também. Mas acordar três horas atrasada com um leve desespero e uma incapacidade absurda de fazer qualquer coisa simultâneamente ao ato de respirar é algo aterrorizante.
Bom esse foi o início do meu dia. Sem aula de manhã, e sem capacidade de fazer nada: nem estudar, nem ver tv. Que nem um vegetal. Não bastasse isso, ainda tinha aula de tarde. E o resto da manhã foi uma árdua tentativas de angariar forças para que eu fosse à aula na parte da tarde.
Cruel. Muito Cruel.
Mas o psicológico é algo incrivelmente assustador. E agora, pronta pra sair, me encontro com cólicas insuportáveis cujo motivo faz parte dos mistérios da vida. Que nem aquele do Pato Donald que não usa calças, mas amarra a toalha na cintura depois que sai do banho.

Mistérios.
Fato: minha falta de vontade absurda de ir pra aula. Não é de assistir aula, veja bem. Assistir às aulas de hoje é algo agradabilíssimo, interessantes e tudo mais. Mas o tal de ir pra aula que tá me sufocando. Ou carro ou onibus. Se carro dirigir: ida, sem problemas; mas a tal da volta... Amazonas, 19:00 hrs. Um TER-ROR. Então prefero ir de ônibus. Eu, bolsa/mochila, textos, MP3 player, calor... Não fosse a cólica. A tal da cólica.

terça-feira, 25 de março de 2008

"Nem sei se isso importa pra você"

Infelizmente (ou felizmente) têm sido poucos os dias que eu me sinto suficientemente FLORA pra escrever alguma coisa pros outros, sobretudo, que faça sentido. Se vai fazer sentido o que hoje vos falo: não sei; mesmo porque acredito que esteje falando para mim mesma. É feito de inverno, primavera, verão e outono. É feito de tempo. E o tempo é inexorável.
Engraçado é que ler algo cujo sentido de "escrivinhatura" me envolve o suficiente pra me sentir FLORA e então escrever, mesmo que seja qualquer coisa. A princípio só pra fazer uma menção. Mas, sejamos realistas, faz algum sentido pra mim. Se não o fizesse eu não iria me sentir suficientemente motivada para me render as minhas próprias palavras enquanto incontáveis xerox acadêmicos gritam meu nome - pelo menos dentro da minha cabeça.
Sabe... acordei hoje com uma música na cabeça, e essas coisas são engraçadas né?

" é tarde pra falar de amor
ja se passou muito tempo agora estou melhor
não vou dizer que tudo em mim mudou
mas é que o tempo sabe como consolar
as magoas, podem vir apenas
mas é melhor que fiquem só boas lembranças
...
não sei se isso importa pra você
nem sei se vai chegar a me escutar
...
aprendi tem coisas que eu nunca mais vou fazer
mais sei que a vida é assim
perdas as vezes podem ser vitorias
ganhei, e agora vou me cuidar
preciso ver o meu lado da historia
não é tão facil admitir
tem dias que eu só penso em você "
Pra te esquecer - O Bando de Maria

"That's all folks". Consegui.