quinta-feira, 29 de novembro de 2007

That's all, folks!

"... Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. ..."
Pablo Neruda

Auto-explicativo.
"Faz parte do meu show, meu amor
...
Não mencione pias."


A grande verdade, é que cedo ou tarde a morte é obrigatória à quem vive. A velocidade com que chega pouco importa, importa a intensidade de vida que a precedeu. Não discordo do "padrinho Neruda" de forma algum, já que cabe entender ao leitor "qualé" a da morte que ele tá falando ali.
Por muito MUITO tempo eu deixei que o medo calasse, que a suspeita sufocasse, e que os prazeres se perdessem. E o que é a vida sem adrenalina?
Bom, as explicações, satisfações, exitações e qualquer "ões" que se assemelhem a isso não me pertencem mais. Faz parte de um passsado recente, que prefero acreditar que é inerte.
Life changes. We change. I'm ...
Eu escolhi. :D

"- Na roleta do amor você perdeu, Douglas.
- Mas eu nem joguei.
- Poisé, e Leléo apostou todas as fichas."

"- O amor é como um precipício, você se joga sem saber quando vai cair."
Lisbela e o Prisioneiro

Eu me joguei do precipício, e apostei todas as fichas. O destino me deu a felicidade de ganhar nessa Roleta - quase - Russa do amor, e colocou uma cama elástica no final do precipício, junto com o menino da pinta na ponta do nariz.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Se a criança...

Se a criança vive sob crítica,
Ela aprende a condenar;
Se a criança vive sob hostilidade,
Ela aprende a brigar;
Se a criança vive ridicularizada,
Ela aprende a ser tímida;
Se a criança vive sob humilhação,
Ela aprende a sentir-se culpada;

Se a criança vive com tolerância,
Ela aprende a paciência;
Se a criança vive com encorajamento,
Ela aprende a ter confiança;
Se a criança vive com louvor,
Ela aprende a apreciar;
Se a criança vive com compreensão,
Ela aprende a justiça;
Se a criança vive com segurança,
Ela aprende a ter fé;
Se a criança vive com aprovação.
Ela aprende a gostar de si mesma;
Se a criança vive com aceitação e amizade,
Ela aprende a achar amor no mundo.


Existem dias que são só dias e existem dias que são dias.
Hoje foi um dia só.
Mas não só um dia longo.

Existem dias feitos pra se pensar só em si mesmo.
Mesmo que a definição de "si mesmo" não seja só "você mesmo".
Tem dias que os propósitos estão sós.
Tem dias que não só existem propósitos.

Brinco pra dizer não só verdades.
Mas sempre só veridícas - mesmo quando a verdade é relativa.

O que é mais incrível é que eu não só acordei para um dia longo, bem como para as brincadeiras de verdades verídicas.
Encontrei o prefácio aí de cima, só no início da noite.
E pensei que só queria ter um(a) filho se fosse como fui.
Porque teria certeza que não só encontraria aceitação e amizade.
Mas também amor.

E encontraria amor, não só como eu encontrei.
Mas como o (futuro) pai dela encontrou.
Paradoxalmente, só e comigo.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

PUC way of life.

Tudo junto ao mesmo tempo.
Avalanche.


Acorda. Banho. Escova de dente. Cabelo.
Trabalho em mãos?
Relógio. Atrasada.
Cadê a máquina?

Ai meu trabalho interdisciplinar.
Ai.
A van já deve tá lá em baixo.
"Volta aqui cachorro safado."
Sai de casa.
Busca o cão. Elevador.
Guarda o cão.
Sai. Tranca a porta.

O celular, Flora!
Como que esquece o celular?
Volta correndo.
Celular. Mp3?
Ai. A van!
Tudo correndo.
Botões, luzes.
E espera.
Espeeeeeeeeeeera.
Dentro.
Sono, confere.
Leitura. Enjoo.
Desisto.
Sono.
Remédio.
Forró, samba, e DMB.


PUC.
Bom dia pontifícia.
Jurei ouvir resposta.
Sobe morro, rampa. Sobe escada.
Chega na sala.
Espera.
Espera.
Espeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeera.
Assiste.
Apresenta.
Assiste.
Finito.

Cadê o homem?
História yadahoo.
Canseira.
Saudade.
Abdica-se, certo?

E daí. O resto é resto.
Importa, mas enfim.
É meu. E dele.
Sobre os dias e tardes Pucchianas.
s2

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Dores do alívio

Do not disturb! Era o que eu queria que estivesse escrito na minha testa em tempo integral.
Sabe aquela quantidade de informação absurda? Então: avalanche.
Final de semestre é assim mesmo, pensamentos em descarga e fagia em tempo integral. Dormir é pros fracos, diz o inconsciente. Cansada, é fato. Mas dizer que é de todo insuportável? Mentiria.
É ótima a sensação de MAIS UMA etapa cumprida, mesmo que caótica. São sonhos, desejos. É preciso que se tenha energia para se fazer elemento constituinte das concretizações mártires. Não há nada como fazer uma prova, ou como apresentar um trabalho, que você sabe que foi bem feito. E tá ali pra isso.
Certo? A nota é detalhe, meu amigo.

Em processo de enlouquecimento integral. Final de ano, final de semestre. E tem gente que acha que terceiro ano que é corrido. Me desse meu terceiro ano... não seria tão atolada de coisas, nem de prazeres como estou.
E, sabe, tou lá pra isso.
Suar, sorrir. E eu também vou na faculdade para dar risada, e outras coisitas "más".
Seja leviano. É um bom começo.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Isso não deveria me pertencer mais.

Até parece com o que foi meu primeiro dia de aula na faculdade. Semana sem dormir direito. Com dores de cabeça e efeitos colaterais que pareciam não acabar nunca. Mas passou né? Foi só um dia, um dia de medo, frio na barriga, diverssão, timidez, senhorita, alcoolismo e afins. Passou... e nem consigo imaginar o que seria de mim hoje sem aquele primeiro dia de aula na puc.
É que nem exame de forró. A perna treme, eu passo mal. Tomo leite com sal. Penso quarenta vezes em desistir, desisto do que pensei quarenta e uma. Adio o tanto que posso. Mobilizo todo mundo, no final eu faço. Até hoje deu certo, mas não vai dar certo pra sempre, né? Depois é sempre só alegria e abraços gostosíssimos de felicidade e sinceridade.
Parece, de leve com o vestibular. Mas vestibular é algo que eu já tinha experimentado. É uma espera infinita até você estar, de fato, no seu momento avaliativo. É tenso. Complicado. Tem tempo, tem gente te vigiando. Tem concorrência, e você sabe que poucos do que estão do seu lado também vão pelo mesmo caminho. No final deu certo.

É esse meu medo. Tudo tem dado certo. E pouquíssimo me importava se isso ia dar. Mas esse nervosismo não deveria me pertencer mais. Às vezes considero outras alternativas mesquinhas para que eu consiga chegar lá, mas e se a interpretação alheia for a que eu tentava dizer que não era. Isso ia acabar me dando problema...
Ai. Tudo rodando, Patrícia.

Hoje só o ócio me pertence.
O nervosismo... bom amanhã é um novo dia.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Da parede escorria mel...

Não sei porque, mas é complicado.
Tudo junto, o tempo todo, sem espaço pra poder olhar pro céu. Pra poder respirar. Nem o forró de todo final de semana me pertence mais. Essa vida é muito louca mesmo, mas como diria papai: É preciso coragem, muita coragem. O meu problema - em suma - é que dá medo essa avalanche de informações e coisas em que eu me meti.
É fato, eu me meti.
Acordar todos os dias do feriado as 8 da manhã não se dignifica de uma pessoa normal, certo? Morre na segunda feira, e cheia de coisas pra fazer acorda as 5:30 e vai fazer trabalho. DEFINITIVAMENTE: tem alguma coisa errada.
Eu sempre quis, mesmo, tudo junto duma vez só. Pra fazer tudo rápido, e ficar livre, Chega cedo, vai embora cedo, dorme cedo, acorda cedo (denovo, papai) Resolve tudo cedo. Mas as vezes tudo assim prático rápido e maquinal não resolve o problema de ninguém. Mesmo. Ontem é prova viva disso. Sabe aqueles dias que não deviam terminar?! Não se atenha aos detalhes, foi um dia ótimo. Eu diria até que foi pleno, mas se tivesse sido, de verdade, não teria acabado. As coisas plenas são assim, não se acabam. E que fique claro: escrevo aqui sobre isso porque as palavras - mesmo digitalizadas - são eternas.
Que me perdoem os leigos, mas se sentir feliz definitivamente importa. Esqueço-me do que se passa as vezes, e confundo os termos. Não é ser feliz. OK? É se sentir feliz. Porque estados permanentes de felicidade não conseguem configurar constrastes relevantes que designem felicidades plenas e indizíveis. Mas ontem, foi um dia pleno.
Na verdade, agora pouco me importa os medos dos outros, tenho os meus próprios fantasmas, tenho as minhas palavras, e tenho minha essência. Isso tudo faz de mim constrastante e única.
Tenho mil coisas pra fazer ainda, e estou sem a menor pressa de terminá-las. Desejaria que o universo entrasse em colapso, e a filosofia, a apuração, a oficina, a gol, o detran e outros fossem essencialmente expurgados. Mas a vida precisa de filosofia e eu preciso de aprender, bem como das palavras, e se faz ímpar a necessidade de uma Carteira de Motorista tipo "B".

Mas tudo bem, mesmo!Dia 30 de dezembro eu viajo pro sul. xD

sábado, 3 de novembro de 2007

Define...

Tipo tecido cósmico alinhavado. Não é possível que no fim um milagre não aconteça. Conosco vai tudo bem. Não é o medo da loucura que nos vai obrigar a hastear a meio pau a bandeira da imaginação. “Mas Breno..." Fim de papo!
Breno Namorado Peruchi


Tá fácil. São só coisas escritas, superficialmente, sem sentido.
Iludi-se de pensar que é gratuita cada palavra. Ninguém que escreve escreve por escrever. É esperto ler as estrelinhas, e pensar que as palavras de um texto que é escrito com algum propósito - não existem textos sem propósitos, saiba disso - estão ali por algum motivo. E basta o bom senso para entender pelo menos um significado. palavras são mistérios, textos são enigmas, mas sempre: possibilidades.

Ah. Reconheça as epígrafes, pelo menos de toda e qualquer obra que tenha. Elas são um prelúdio do que se escreverá. E custumam desvelar um dos sentidos secretos do texto.

O que foi que aconteceu? Bem, acontece ainda. No todo, é uma histórias de meias-histórias com fragmentos de coisas que não pertencem a quem a protagoniza. É uma grande intertextualidade de vidas na verdade. Começa com as coincidências do destino que ninguém explica os tantos denominadores comuns, os tantos dizeres e os tantos aleatórios que de tudo prenunciavam ela à ele sem maiores explicações. Se trata de amor, meu amigo. Vidas passadas, passado, presente e futuro. Faz parte da mágica que fiz pra mim mesma (e também da que fiz pra nós, meu amor).
Acreditava-se que depois de tanto, e de tudo houvesse um fim certo? Bom... final é pros fracos. Não acaba quando não se deseja, de fato, que ocorra. Bem como não acabou ainda, diz-se que é eterno, E EU GRITO QUE É, mas a eternidade não tem fim, e será de onde que vem o milagre do final. Ah! Loucura dizer que a eternidade é um fim infindável. E não julgues que o milagre está feito, nem começou ainda. O que julgas ser milagre é destino. É amor. Alma.
E de duas fez-se uma únissona. Que escondia nas entrelinhas tudo aquilo que queríamos que fosse explícito, mas tudo que é escondido é mais gostoso, e o foi por três vezes. Dissera-me e disse-lhe que dessa última seriam por meses. Agente se ilude. Faz parte do gozo.
O medo da loucura de desfez. E assume-se a insanidade. Imaginação é pros plenos. De preferência, use as palavras, os olhares e os sorrisos. Mas não me tires o teu riso [...] porque então eu morreria.

"Mas Flora...?" Fim de papo!

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

" A qualidade das músicas é inversamente proporcional à tecnologia"

Lembrem-se: eu gosto de axé, forró, pagode e sertanejo. Também de pop, bolero, samba, mpb e chorinho.
Há ainda espaço pros indizíveis gêneros internacionais desde que constituam música, não barulho.

É fácil entender: pra cada circunstância, um tipo de música.
Para cada tipo de música: um comportamento.
E tem algo mais chato do que mano tirando onda? E tem coisa mais desagradável que gente que não se mexe em roda de samba?

Na minha casa todo mundo é bamba
Todo mundo bebe
Todo mundo samba



Pois bem: estava eu nas fuçações orkutianas e me deparei com o título dessa espécie de manifesto. Penso que há quem goste de gospel, e se isso leva o apreciador à um momento de êxtase, o que é que eu tenho com isso. Há também quem goste de trance (o bate-estaca que a maioria das pessoas com mais de 35 anos reclama)., e quem gosta se eleva à níveis de prazer exorbitantes - confesso que, geralmente, com a ajuda de drogas.

Não me peça pra ouvir coisas que não condizem com o momento. Isso é fundamental.
Mas também não reclame de ouvir aquilo que se propôs, oras. Lugares criam comportamentos. Saiba de si.

Claro que existem limites, algumas atitudes são desnecessárias, certo.
"Mas como saber o limite, Flora?" Bom... bom senso não é acessório. (E que fique tranlúcido, isso não se limita aos contextos musicais.)



Tenha o bom senso de amar e de se deixar ser amado.

E agente vai à luta e conhece a dor.
Consideramos justa toda forma de amor.

De fato, a vida é infinitamente mais agradável quando se tem alguém pra dividir todos os momentos. A grande maioria das pessoas diz que acredita nos vários tipos de amores que existem.

O que acontece, na verdade, é: se pensa que uma vida mais agradável - devido à uma companhia especial - só seria efetiva se esse alguém pertencesse ao universso do amor romântico. Ilusão. Muitas vezes o pouco de amor que precisamos não pode ser trabalhado no seu aspecto formal.
Digo isto para que fique claro que o que faz a diferença não é a pessoa, mas sim, o sentimento trabalhado. Cansei de ouvir e sentir situações em que o agente magoado o foi por alguém que o amava, e nessas circunstancias pouco cabe a outros que cure a ferida alheia. Deixe que a relação conturbada se resolva por si só - mesmo que a resolução seja a destruição.
Faz parte de mim acreditar que amar e ser amado são um destino. Sempre haverá alguém para amar outro e amado esse também será. E sim, estou influenciada por Moulin Rouge, faz parte da rotina da faculdade.

Sabe, o que acontece é a plenitude das coisas pouco está na capacidade de dizê-las sob o ponto analítico. Na verdade, o melhor jeito de entender e o catártico. Se perde, se sente, se chora, se gosta, se ama, se morre, se mata. (não que todas as referências precisem do reflexivo "se")

Sabe.... amar e ser pleno e completo são coisas complexas, pouco se destina o amor à completude, muito menos a dependência. Amar faz parte do melhor da vida, compreende o verbo sofrer mas sofrer não é um destino, e me assusta saber que "the french are glad to die for love". (não que eu esperasse algo mais dos franceses que uma nova frangrância cujo custo é exorbitante).


O fato é: assim como a felicidade, amar não é um destino. Sugiro que ames a vida, o sol, as comidas, os amigos, a família, as pessoas, os livros, as músicas, os filmes, as dores, o escuro, o silêncio e tudo mais. Sugiro, até mesmo, que ame as palavras.
Por mais tortuosas que as palavras sejam, e por menor que seja sua capacidade de se aterem a um único, simples, significado. Por mais que elas consigam causar danos irreparáveis. Por mais que saibam como nada e ninguém a forma perfeita para a manipulação. As palavras não sabem dizer, mas são o príncipio de sentir.

Sinta as palavras. Sinta as pessoas. Sinta o amor, mesmo que não seja de quem tu ames. Sinta o amor do seu cachorro - que, com certeza vai pular em ti quando chegar em casa. Sinta o amor daquele velhinho sentado na praça que olha pro nada, e sente o vento; sente a vida, te sente, e te ama. Só porque tu respiras. Só porque tu, alfabetizado ou não, fala.