Afora toda a dor, os grandes amores têm um grande problema quando acabam - ou se deixam terminar. São os resquícios de sentimento que eles espalham pela vida dos, até então, amantes; e que vão produzir os amores impuros.
São aqueles sentimentos que te parecem muito nobres e promissores, mas que na prática são frustrados. É dessas sensações que a gente tem quando tudo vai muito bem, mas você nunca está suficientemente envolvido, empolgado ou satisfeito. E esse amor nasce dos cacos de um amor melhor, mais nobre, envolvido por toda uma atmosfera de decepção e de torpor.
Será que vale a pena dedicar esse amor a alguém, que em breve vai fazer o mesmo que fizeram a ti com essa pessoa? Seja pela mentira, pela diferença, pela desconfiança ou pela falta de um amor puro o suficiente pra resgatar qualquer alma dos lugares comuns?
Posto que findo, e quebrado é irrevogável a essência que assola meus amores futuros, mas será que é justo, ou honesto amar neste amor medíocre?
Um comentário:
Um amor nasce impuro quando sua raiz é impura. Muitas pessoas que procuram curar um amor com um novo logo em seguida tendem a sofrer deste "mal". Talvez uma certa reflexão/análise dos óbices encontrados no relacionamento anterior e um tempo para se "reencontrar" sejam fundamentais para que a pessoa possa encarar um novo amor sem mágoas. Belo Post. Parabéns!
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