quinta-feira, 2 de junho de 2011

Damage Completed

Tem dias que eu tenho dessas ondas nostálgicas. Sinto saudade de seus vinhos e de seus sorrisos, que até hoje coleciono por entre assuntos repartidos, de perto e de longe. Mas é que chegam várias pessoas no meio dessa nossa literariedade, e boa parte delas roubam minha atenção de ti, não que ela fosse tua, entenda. Mas é que se perde em outros olhares, sorrisos, bebidas, rangidos, cheiros e beijos.

Nunca foste meu, nem eu nunca pertenci a ti. Mas temos, e tínhamos isso tudo guardado, que diz respeito às nossos lugares longes. E nossas viagens prometidas regadas por vulgaridades e cigarros. Entenda: voltaria sem problemas contigo à Amsterdam, mas não sonho com você por lá, nunca sonhei. Tenho novos passa tempos, desses que ocupam muito bem meu tempo vazio, e o tempo que sobrou pra ler-te e recolher-te fica resumido aos poucos minutos em que me faço lembrar por um telefone qualquer.

Tenho novas aventuras, essa é a verdade, com outros nomes que me fazem fugir de minha saga até então irrevogável. Acreditando em karma, pensei que te tratavas do meu, mas já descobri que não é esse o teu lugar. Quem fez questão de ocupar essa posição está mal traçado pelo meu caminho, cambaleando no meu destino, atrapalhando meus sonhos. E a verdade é que eu não vou abrir mão deste passatempo, ele é simplesmente, irrevogável, e constitui-se por definição uma autêntica massagem de ego.

Não preciso mais do teu gosto para me dizer de músicas inenarráveis, de shows perdidos, e de plasticidades fílmicas, aprendi isso por mim mesma, e essas experiência, Meu amor, são próprias da minha alma, não da sua. E além do mais, tenho alguém(s) para esses programas. Dessas companhias que são as melhores, sabe, mais ou menos como você era.

Já para as viagens pensei que realmente teria um problema. Mas encontrei um primeiro que tem esse sonho de sair por aí, e já está indo. Mas com esse eu iria junto, se eu me deixasse ir. Ser. Mas não é bem por aí que me seduz.

E tem aquele a quem me cabe nos lençóis. Tudo bem, não é você. Mas é como se fosse melhor.

Mas o propósito disse é um novo que apareceu sem pretensões vulgares, ou talvez tivesse e eu que não as vi ali (é uma possibilidade) . Desse que não sei se tem qualquer uma das suas prendas, que não seu sorriso - que é o novo que me infarta todas e incontáveis as vezes.

É por ele que te peço permissão pro meu coração recostar um novo suspiro. E é aqui que eu vou. Sei que ainda vou te perder de vista em uma estrada qualquer, mas seria sensacional, não seria?
Ainda te guardo, me guardes também.
O tempo ainda vai dar tempo pro tempo que a gente ainda tem tempo pra viver.

"I've got 99 problems
But the bitch ain't one"