segunda-feira, 11 de julho de 2011

Je ne t'aime plus, mon amour!

Eu sinto saudade desse seu calor sem lugar. Dessa sua umidade que incendia qualquer peito que não suspira e que não sofre de arritmia.
Seus dizeres afiados e maliciosos sempre desestruturam os alicerces mais firmes. Pra mim, você vem como metonímia de Paris e dos dias que vivi por lá, sempre tão parte de você, de mim, de nós.
"Je ne peux pas ...", é a minha primeira frase pra você; isso, mon amour, porque tudo o que me prometes, e tudo que nos aguarda e anseia, está preso em uma outra realidade. Dessas das madrugadas febris, com filmes em preto e branco, inúmeros discos de vinil, roupas de cós-alto bem cinturadas e cobrem lingeries rendadas e chapéus - de todas as cores masculinamente viáveis. O retrô me diz bastante de você: é sofiscado!
Deixei um pedaço de mim em Paris, e sou própria de lá, logo, tenho evitado viver experiências parisienses. Mas é inegável que estas, são as que mais me seduzem.

Nenhum comentário: