Quem não tem um Ricardo na vida? Meu sempre problema tem nome, é o mesmo da minha sempre solução. Como ninguém, lê meus sorrisos e lembra de detalhes que eu mesma ignorei.
Faz tempo que sois assim, tão meu. Nunca perdeste o prumo, com todas as suas tantas e eu com todos os meus tolos. E hoje te esbarro em meus trocadilhos, te lembro em caixas guardadas, te explico em minhas incertezas.
Não é possível, afinal, que depois de tanto tempo haja motivos pra ceder-lhe meu tempo e meu sorriso. Não é possível que isso lhe baste. E não basta. Te encontro perdido, divagando nos meus pensamentos, pelas ruas de São Paulo e pela estrada de Nova Lima.
Te chamo de amor, e sei que cada vez que volta do bater, toma mais força. Dessa última teve o prazer de me encostar na parede, na próxima revolverá suas costas no assoalho. É assim, você volta, você vai. Sempre deixa pra mim as certezas de um dia ser e estar. Parecer, permanecer, continuar, ficar, tornar-se. Como, se, um verbo de ligação.
Ainda tens aquela foto?
Ainda lembras daquele sofá? E de meus dedos? E dos cabelos? Ainda te lembras do número que chamava? Ainda lembra do medo e do arrependimento? E, ainda, será que ainda lembra de ser quem me tirou os bons costumes?
Depois de você, eu nunca mais fui a mesma. Menos mal.
Um comentário:
E talvez essa seja a última volta, pq talvez não seja mais preciso ir... breve.
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